quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Setor de tecnologia limpa cresce no mundo

Os empresários do setor de tecnologia limpa continuam otimistas com as perspectivas de crescimento dos seus negócios nos próximos 12 meses, segundo o International Business Report (IBR) 2012 da Grant Thornton International. A pesquisa global revelou que o segmento está expandindo rapidamente apesar das incertezas econômicas mundiais persistirem, como a crise da zona do euro.

O IBR revelou que 68% dos executivos do setor de tecnologia limpa esperam aumentar as receitas e 62% preveem elevar os lucros. “ O aumento da lucratividade está muito associada à queda do preço dos equipamentos, já que com a crise nos mercados maduros vários projetos foram postergados, ou mesmo cancelados”, segundo Paulo Sergio Dortas da Grant Thornton. A pesquisa mostrou também que os líderes pretendem investir no crescimento de longo prazo do seu negócio. Isso porque, 52% dos entrevistados disseram esperar gastar mais em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e 51% planejam investir em máquinas e equipamentos.




As perspectivas positivas são explicadas pelas taxas de crescimento do setor nos anos recentes. De acordo com o relatório WWF report[1], o segmento de tecnologia limpa cresceu globalmente 31% por ano em 2009 e 2010. Apesar de ter reduzido o ritmo para 10% em 2011, ainda sim a taxa permanece bem acima das taxas médias de crescimento do PIB mundial. Na China, o setor cresceu de $17.5 bilhões para $71.3 bilhões entre 2008 e 2011, um aumento de 77%. Nos Estados Unidos, o setor expandiu 17% entre 2010 e para $46.3 bilhões em 2011.

“A situação do Brasil é bastante similar, com um crescimento expressivo dos novos investimentos. Um dos maiores entraves no mercado local para o aumento de investimentos em tecnologia eólica e solar são os investimentos governamentais em usinas hidráulicas além da queda do preço da energia elétrica no mercado atacadista”, diz Paulo Sergio Dortas, líder da área de auditoria, tax e advisory da Grant Thornton Brasil.

O ponto citado pelos executivos como maior restrição ao crescimento do setor é a excessiva burocracia e regulação (41%). A falta de mão de obra qualificada também foi mencionada por 38% dos executivos do segmento, 10 pontos percentuais a mais que a média de todos os setores pesquisados. A escassez de talentos explica porque 79% dos empresários esperam oferecer aumento de salários nos próximos 12 meses. “A falta de mão especializada é um entrave não só para a indústria de cleantech, mas um problema generalizado no Brasil. Assim como outras indústrias, o setor tem que investir na identificação, formação e retenção de talentos”, avalia Dortas.

Fonte: Jornal Dia Dia.

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