domingo, 21 de outubro de 2012

Feira de ciência em Uberlândia traz fontes alternativas de energia

Caixinhas de leite que vão para o lixo podem ser transformadas em isolante térmico alternativo, reduzindo a temperatura no interior dos imóveis em até 8º C. Esta e outras informações relacionadas às fontes alternativas de energia foram apresentadas na 17ª Ciência Viva. O evento, realizado nesta semana no Center Convention, reuniu alunos de escolas públicas e particulares para a mostra de experimentos relacionados ao tema “Energia na Vida e na Sociedade”.

O aproveitamento das embalagens foi apresentado por um grupo de oito alunas que cursam o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual Bueno Brandão. Por meio do projeto “Uso de caixa longa vida como isolante térmico”, as alunas desenvolveram, durante seis meses, a teoria e a prática do estudo. “Além de economizar energia, a ideia contribui para diminuir a quantidade de lixo nos aterros sanitários, visto que a caixa longa vida é de difícil decomposição”, disse a estudante Letícia Gomes.

Além de ser de fácil instalação, o custo da caixa de leite longa vida é menor se comparado ao de outros materiais como o gesso e o PVC, que também são utilizados como revestimento (veja quadro). “Para fazer as placas em casa, basta abrir a caixas e costurar ou grampear umas às outras”, afirmou a aluna Andressa Moreira. Recentemente, foi ao ar pela Rede Globo uma reportagem que mostrou famílias do Rio Grande do Sul que utilizam a técnica para enfrentar os dias frios e também os de muito calor.

Força gerada pelo movimento da água
A geração de energia através da movimentação da água dos oceanos provocada pelas marés – energia maremotriz – foi abordada por um grupo de cinco alunas do 9º ano da Escola Municipal Professor Otávio Batista Coelho Filho. Segundo a professora responsável pelo projeto “Energias Alternativas e Sustentabilidade”, Mariselma Martins, as alunas construíram um protótipo que utiliza uma miniturbina para fazer o efeito das ondas do mar. Ainda de acordo com a professora, em todo o mundo, há três usinas maremotriz: na França, no Japão e na Inglaterra. “Há o projeto de construir uma no Brasil, no Estado do Amapá, mas ainda depende da liberação de recursos financeiros”, afirmou.


Compostagem e recursos renováveis
Uma solução para o lixo orgânico (restos de alimentos e cascas de frutas, legumes e verduras) foi apresentada por cinco alunos do 6º e 9º anos do ensino fundamental da Escola Estadual Professor José Inácio de Sousa. Por meio da compostagem – técnica que consiste na transformação de materiais orgânicos em adubo –, os alunos mostraram a possibilidade de reaproveitar os resíduos produzidos em casa.

Na escola, os alunos colocaram o projeto em prática. “Uma pequena plantação de alface foi adubada com o material resultante da compostagem”, disse a professora responsável pelo projeto, Izaura Cristina Duarte. Quem passou pelo estande conferiu o passo a passo do projeto e pôde aprender a montar uma composteira em casa.

Um grupo de cinco alunos da Escola Municipal do Moreno, que fica na zona rural de Uberlândia, mostrou durante a feira o projeto “Energia solar e captação de água: economia em dose dupla”. A utilização de recursos renováveis é a base da técnica, que consiste em captar a água da chuva por meio de calhas. A água é armazenada em um reservatório de metal para ser aquecida e ter parte dos micro-organismos eliminados, sendo utilizada para molhar hortaliças e também na limpeza da casa. O projeto também mostrou a utilização de placas solares para o aquecimento da água.

Como fazer compostagem
Em um recipiente de plástico colocar camadas de:

Terra Matéria orgânica picada em pedaços pequenos (casca de frutas e vegetais) Folhas secas Esterco de gado Borra de café (serve para afastar insetos e evitar mau cheiro)

Tampar e deixar guardado por três meses De quatro em quatro dias, abrir a tampa e remexer a terra para arejar o produto da compostagem

Fonte: Correio de Uberlândia.

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